A ação aconteceu por volta das 19h de segunda-feira (22). Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a equipe fazia patrulhamento na Avenida Brasil, em trecho que próximo à entrada da comunidade.
“A gente estava em patrulhamento e fomos prestar um apoio a uma equipe nossa e aí acabamos entrando em uma rota alternativa. E não tinha identificação, a princípio, visível pelo horário noturno e adentramos na comunidade”, disse o policial.
A viatura teria seguido por uma entrada desconhecida e quando fez o retorno para voltar à via, foi atingida por disparos de arma de fogo. Os estilhaços feriram o policial do Tocantins e um da Paraíba, que também foi atingido por um tiro de raspão na cabeça.
Os militares feridos receberam ajuda de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e foram levados para o Hospital de Emergência Estadual. Um deles recebeu alta depois de ser atendido e o outro segue internado em observação.
À TV Anhanguera, o subtenente Matos comentou que enquanto os tiros acertavam a viatura e como ele estava sentado no banco de trás, foi atingido com os estilhaços.
“Adentramos na comunidade de Vigário Geral. Nela está ocorrendo uma guerra de facções e quando adentramos, já de imediato visualizamos uma barricada, que a princípio não mostrava que era uma área controlada pelo tráfico e aí já veio os disparos”, relembrou o militar tocantinense.
Matos comentou que os tiros feriram um sargento que estava conduzindo a viatura e a equipe tentou fazer uma tentativa rápida de sair do local de marcha ré, mas não conseguiu.
“A viatura ficou presa em um obstáculo de concreto então desembarcamos e nos abrigamos em um ponto seguro, que era uma esquina onde tinha uma residência. Solicitamos apoio e ficamos socorrendo o colega. E fazendo a contenção para que os criminosos não chegassem até a gente”, explicou o subtenente.
O motorista da viatura, que é da Paraíba, ficou com uma bala alojada entre o crânio e o couro cabeludo e está em recuperação. Matos se feriu com estilhaços de metal, fragmentos da munição que atingiu o colega. Após passar pela unidade de saúde e receber curativos, passa bem.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública lamentou o ataque e informou que foi registrado na 38ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro. O diretor da Força Nacional de Segurança Pública, coronel Fernando Alencar, foi para a capital fluminense para acompanhar o caso.