Michel Bastos teve a chance de tranquilizar o São Paulo na partida contra o César Vallejo, mas bateu um pênalti na trave e frustrou a torcida que foi ao Pacaembu, na quarta-feira. O erro não influenciou no resultado, uma vez que o time derrotou o rival peruano por 1 a 0. O meia, contudo, foi questionado diversas vezes sobre a decisão de impedir o argentino Jonathan Calleri de cobrar a penalidade. Ele disse que a falha não mudará o seu estilo de cobrança nem abrirá espaço para outros batedores.
“Não tirei a bola da mão do Calleri. Eu pedi para bater, a bola estava com o Ganso. Eu treinei toda a semana e por onde passei sempre bati os pênaltis. O Calleri respeitou numa boa e me desejou sorte”, disse o jogador. “A minha forma de bater é essa. Não escolho o canto antes e procuro ver a reação do goleiro. Vi que ele se posicionou para o lado e virei o pé para o outro. Mas virei demais e peguei a trave”, acrescentou.
Michel Bastos ainda usou alguns clichês para justificar o erro. “Faz parte, só erra quem bate. Eu tive a infelicidade de errar. Tem um ditado que diz que este não será nem o primeiro e nem o último pênalti perdido. Eu espero que seja o último, mas também espero ter outras oportunidades para cobrar pênaltis”, afirmou.
Descontrole – Não foi só a cobrança errada que marcou a atuação de Michel Bastos na quarta-feira. O jogador, que veste a faixa de capitão desde a aposentadoria de Rogério Ceni, levou um cartão amarelo ao se descontrolar em um lance e reclamar com o juiz. Segundo o meia, o controle emocional é algo que ele procurou trabalhar após acertar a trave na penalidade.
“Precisamos manter a calma. Você fica triste e cabisbaixo, mas precisa se recolocar no jogo. Poderíamos estar fora se eles marcassem um gol, então tive que me recompor para ajudar a equipe”, disse. “Sabíamos que o jogo não ia ser fácil. Escutei muita gente dando a classificação como certa, mas nós tínhamos consciência das dificuldades. A equipe está de parabéns por ter se classificado com uma vitória. Agora é trabalhar”.