“Os incêndios nos cercam por todos os lados, do oeste ao nordeste. E estamos preocupados porque não há umidade à vista para esta região”, afirmou o prefeito de Fort Nelson, Rob Fraser, que pede aos quase 100 habitantes restantes para que deixem a cidade ameaçada por chamas incontroláveis.
Depois de quase dobrar de área durante o dia, o incêndio, agora de quase 4.000 hectares, pode atingir novas áreas residenciais na manhã desta segunda-feira (13), anunciou o Corpo de Bombeiros da província da Colúmbia Britânica. Cerca de 3.500 pessoas tiveram que ser realocadas 400 km mais ao sul na noite de sexta.
“As próximas 48 horas serão difíceis devido à previsão de ventos procedentes do oeste”, afirmou Ben Boghean, do Corpo de Bombeiros. Ele destacou que os 70 profissionais que combatem o incêndio também podem estar em perigo.
Na província vizinha de Alberta, 44 incêndios estão causando estragos, incluindo um localizado a cerca de 15 quilômetros de Fort McMurray, o que obrigou os residentes a se prepararem para uma possível evacuação.
Essa cidade, no noroeste da província, situada no coração da floresta, já havia sido devastada pelo fogo em maio de 2016, quando seus 90 mil habitantes foram removidos e mais de 2.500 construções foram destruídas, no maior desastre da história do Canadá.
“Estamos em um nível 5 de seca (o mais alto), o que torna muito difícil controlar esses incêndios florestais, mas faremos o possível para conter este”, disse o prefeito Fraser.
Neste fim de semana, também foram emitidas ordens de evacuação em pequenas cidades de Alberta e Manitoba, enquanto ventos violentos têm espalhado a fumaça por todo o oeste do país. Segundo o governo federal, a qualidade do ar nessas áreas apresenta riscos “muito elevados”.
Em 2023, o Canadá viveu a pior temporada de incêndios de sua história. As chamas, que varreram o país de leste a oeste, queimaram mais de 15 milhões de hectares, mataram oito bombeiros e obrigaram as autoridades a evacuar 230 mil pessoas.