Confira, abaixo, o que se sabe até o momento sobre o crime:
Casado e pai de três filhos, Sidiney, também conhecido como Nenê, era ambientalista e brigadista experiente, contratado do programa Pevfogo, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ele atuava no combate a incêndios florestais, em defesa da região da Ilha do Bananal e dentro dos territórios indígenas do Parque Nacional do Araguaia.
Sidney Silva foi morto a tiros na porta de casa em Formoso do Araguaia — Foto: Reprodução
Por volta das 7h30 de sábado (15), uma testemunha contou que ouviu duas ‘explosões’ na rua 2, região central de Formoso do Araguaia. Ao chegar à porta, viu que havia um homem caído perto do portão de casa.
De onde partiram dos disparos
A perícia esteve no local onde a vítima foi baleada e isolou a cena do crime para coleta de informações. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a investigação apontou que a arma utilizada foi uma espingarda cartucheira.
Foi possível identificar também que os tiros foram disparados de uma casa abandonada que fica na frente ao local que ele estava quando foi morto.
Brigadista Sidiney Silva é assassinado em Formoso do Araguaia — Foto: Reprodução/redes sociais
Um vizinho relatou à polícia que antes de amanhecer, viu uma motocicleta parada na esquina. Nela estava um homem de jaqueta e capacete observando o local.
No boletim de ocorrência consta que Sidiney levantou por volta de 7h30 e estava verificando a água e óleo do carro no momento em que foi atingido pelos tiros.
Até a noite desta segunda-feira (17) nenhum suspeito do crime havia sido preso. Também não havia informações sobre a motivação do assassinato de Sidiney.
À TV Anhanguera, o diretor da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), Afonso Lyra, explicou que a apuração foi reforçada por uma equipe de investigadores para tentar desvendar o caso mais rápido possível.
Além desse apoio, equipes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Gurupi também ajuda nessa apuração.
Brigadista atuava em defesa da Ilha do Bananal — Foto: Reprodução
Como o caso corre em sigilo, não foram repassados detalhes sobre como está a apuração. Mas a Polícia Civil informou que trabalha com diversas linhas de investigação que possam ter motivado o assassinato de Sidiney.
Como o crime aconteceu contra uma pessoa que atuava na região da Ilha do Bananal e do Parque Estadual do Araguaia, a investigação é acompanhada pela Polícia Federal, segundo apurou a TV Anhanguera. Mas o caso não está federalizado.
Caso a Polícia Civil precise, equipes da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Tocantins (FICCO/TO) – que integra equipes de várias polícias, inclusive a Federal – poderão ajudar a apurar as circunstâncias da morte do brigadista.
Órgãos e gestões emitiram notas de pesar pela morte de Sidiney Silva. Nesta segunda-feira (17) Fundação Nacional do Índio (Funai) repudiou o assassinato e reconheceu o brigadista como ‘um dos principais conhecedores da Ilha do Bananal’.
“A Funai se solidariza com a família e amigos, e aguarda o término das investigações, na espera de que a justiça seja feita nesse e em todos os crimes envolvendo defensores das causas ambientais e dos direitos indígenas”, destacou na nota.
O Ibama também lamentou a perda e se solidarizou com amigos e parentes de Sidiney.
“Os brigadistas do Prevfogo, assim como toda a equipe Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) e do Ibama prestam agradecimento à família e aos amigos pelos anos de trabalho e dedicação do brigadista Neném em defesa da natureza”.