A concessionária Fraport Brasil afirmou nesta segunda (29) que planeja para o dia 21 de outubro a liberação da pista de pousos e decolagens do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre.
A empresa disse que solicitou a data de referência aos órgãos competentes, mas ponderou que o cronograma de retomada poderá ser antecipado ou postergado dependendo de fatores externos, como condições climáticas.
Os pousos e as decolagens estão suspensos no local desde a noite de 3 de maio, quase três meses atrás. A paralisação ocorreu devido aos impactos da enchente de proporções históricas em Porto Alegre.
A água e o barro estragaram partes da pista e das áreas internas do aeroporto. O Salgado Filho passa desde então por obras de recuperação das estruturas danificadas.
“A Fraport Brasil protocolou junto aos órgãos competentes a solicitação de liberação e homologação da pista de pouso e decolagem, com a data de referência de 21/10/2024”, disse a concessionária.
“Após a conclusão das obras e a liberação por parte dos órgãos competentes, as companhias aéreas definirão o início de suas operações”, completou.
O governo federal já havia anunciado neste mês que o terminal reabrirá em outubro para voos, com 50 pousos e decolagens por dia, das 10h às 22h. A data planejada ainda não era conhecida.
A expectativa é que o Salgado Filho esteja com o funcionamento normalizado em dezembro. Para efeitos de comparação, em dezembro do ano passado foram realizados 5.231 voos no local, de acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), uma média de quase 170 operações por dia.
Em 15 de julho, o Salgado Filho reabriu para check-in, despacho de bagagens, embarques e desembarques. Os voos emergenciais, contudo, seguiram na base aérea de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. Os passageiros são transportados em ônibus entre os dois endereços.
A paralisação do Salgado Filho causou um caos logístico no Rio Grande do Sul. Com menos opções de voos, passageiros amargaram disparada nos preços das passagens aéreas.
A situação também prejudica setores da economia local, como indústria e turismo.