No comunicado, o governo brasileiro também apela a autoridades israelenses e ao Hezbollah para que não realizem novas ações que possam expandir o conflito no Oriente Médio.
O alvo do ataque de Israel ao Líbano, segundo as Forças Armadas israelenses (IDF), era Fuad Shukr, comandante do grupo extremista Hezbollah em Beirute. O governo de Israel diz que Shukr morreu no ataque.
Na nota divulgada pelo Itamaraty, o governo brasileiro diz acompanhar com “extrema preocupação” o aumento das hostilidades entre Israel e o braço armado do Hezbollah.
“A continuidade do ciclo de ataques e retaliações leva a espiral de violência e agressões com danos cada vez maiores, sobretudo às populações civis dos dois países”, diz o documento.
“Desse modo, [o Brasil] exorta as autoridades israelenses e o Hezbollah a se absterem de ações que possam vir a expandir o conflito, com consequências imprevisíveis para a estabilidade do Oriente Médio e a segurança internacional”, completa a nota.
No comunicado, o Brasil pede à comunidade internacional que recorra a todos “instrumentos diplomáticos” para conter a escalada do conflito.
A comunidade libanesa no Brasil é numerosa, são cerca de dez milhões de pessoas – entre nascidos no país do Oriente Médio e descendentes. Atualmente, mais de 12 mil brasileiros vivem no Líbano.
Infográfico sobre o Hezbollah — Foto: Bárbara Miranda e Kayan Albertin/Arte g1
O episódio em Beirute não foi o único fator gerador de tensão no Oriente Médio nas últimas horas.
Haniyeh era o principal nome do braço político do grupo terrorista e foi assassinado durante uma visita a Teerã para a posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, segundo o próprio Hamas.
O Irã acusou Israel pelo assassinato do chefe do Hamas e prometeu “punição severa”. O porta-voz do governo israelense disse que o país não fará “comentários sobre a morte de Haniyeh”.
Israel ataca Beirute, capital do Líbano