Por meio de um comunicado, o órgão também cobrou uma verificação independente para atestar se Maduro ou o opositor Edmundo González obteve a maioria dos votos no país.
No texto, a União Europeia destacou que o CNE, apesar de ter se comprometido divulgar as atas das zonas eleitorais, ainda não o fez. Por conta disso, os resultados anunciados no dia 2 de agosto não podem ser reconhecidos.
“Qualquer tentativa de atrasar a publicação completa dos registros oficiais de votação vai apenas aumentar dúvidas sobre a credibilidade sobre os resultados oficiais publicados”, diz o texto.
O presidente Nicolás Maduro foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão responsável pelas eleições no país e que é presidido por um aliado do presidente, com 51,95% dos votos contra 43,18% do opositor Edmundo González.
A oposição contesta o resultado, dizendo que Gonzáles venceu com 67% dos votos contra 30% de Maduro, segundo uma contagem paralela verificada por diversas organizações independentes. Esta foi destacada pela União Europeia como um sinal de que os resultados apresentados pelo CNE não confirmam a vitória de Maduro.
O comunicado ainda exibiu a preocupação da União Europeia com o número crescente de prisões arbitrárias e a repressão à oposição, no contexto dos protestos que têm ocorrido nas ruas venezuelanas. Na quinta (1º), Maduro disse ter prendido mais de 1.200 pessoas.
“A União Europeia pede que as autoridades venezuelanas encerrem as detenções arbitrárias, repressão e retórica violenta contra membros da oposição e sociedade civil, e a soltura de todos os prisioneiros políticos”, pediu.
Manifestações ocupam ruas da Venezuela com pedidos de transparência nas eleições
No sábado (3), Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda, Polônia e Portugal cobraram de maneira conjunta a divulgação das atas eleitorais, uma posição similar àquela tomada por Brasil, Colômbia e México.