O trecho sem saída da rua Barão de Capanema, nos Jardins, está cheio de novidades. Nos últimos quatro anos, ao menos nove restaurantes foram abertos ali, renovando a oferta gastronômica da via na zona oeste de São Paulo —especialmente dentro da categoria de luxo.
Os inquilinos surgiram sobretudo ao redor do D.O.M., o principal nome da área, inaugurado há 25 anos pelo chef Alex Atala. A Barão passou a atrair chefs principalmente a partir da década de 1990.
A região já abrigou, por exemplo, o Charlô, bistrô de Charlô Whately que ficou conhecido na cidade —mas foi transferido neste ano para o hotel Pulso, em Pinheiros.
Também foi casa do extinto La Taverna, do francês Alain Poletto, hoje à frente do Bistrot de Paris, no Jardim Paulista, e da rede Maremonti, dos restaurateurs Ricardo Trevisani e Juscelino Pereira.
A novidade mais recente é o Song Qi, restaurante chinês de Mônaco importado em abril pelos sócios do vizinho Beefbar —entre eles, está o piloto Felipe Massa. As casas se tornaram point para quem quer ser visto e concentram parte da badalação do local.
Um dos sócios, Ruly Vieira, diz que eles buscavam uma rua próxima aos principais restaurantes da região, mas que fosse mais tranquila. Ele diz, ainda, que a procura por pontos na Barão cresceu, algo observado em ruas como a Amauri, no Jardim Europa.
A via de cinco quarteirões ainda mantém parte da tranquilidade. Caminhando pelas calçadas arborizadas rodeadas de prédios de luxo, é possível cruzar com babás passeando com carrinhos de bebê e moradores com seus cães. Conheça, a seguir, padarias e restaurantes instalados na rua.
1 Tuy Cocina
A cozinha espanhola e portuguesa está desde 2022 na rua, num casarão de esquina com pé-direito alto e tijolos à mostra. A porção de croquete de jamón (R$ 63,50) pode acompanhar o la formiga (R$ 53,50), drinque com uísque bourbon, grapefruit, jerez, mel, bitter de cacau e formiga maniwara, assinado por Laércio Zulu.
R. Barão de Capanema, altura do nº 539, @tuycocina
2 D.O.M.
A fachada imponente, pintada de verde escuro, abriga o restaurante autoral de Alex Atala com duas estrelas Michelin. O chef valoriza os ingredientes brasileiros em um menu-degustação —mas, atualmente, está em cartaz um cardápio especial que celebra os 25 anos da casa.
R. Barão de Capanema, 549, @d.o.m.restaurante
3 Capanema
Aberta há um ano pelos donos do italiano Luce, a casa tem cozinha kosher, que segue regras de alimentação judaicas. No salão refinado, com luz baixa e obras de arte, são servidas receitas mediterrâneas, como crudo de salmão com vinagrete de dill (R$ 74).
R. Barão de Capanema, 551, @capanemarestaurante
4 Sweet Secret
Pela entrada colorida, decorada com pirulitos gigantes, parece uma loja de doces. O espaço é, na verdade, um clube que recebe eventos com pratos criados pelo chef Luiz Filipe Souza (Evvai) e coquetéis do premiado peruano Aaron Diaz. Para ser membro, é preciso fazer inscrição, passar por avaliação e pagar taxa.
R. Barão de Capanema, 559, @swtsecrets
5 LouLou
Em contraste com o vizinho, listras em preto e branco compõem a decoração do bar e restaurante, badalado desde a abertura, em fevereiro. O menu tem inspiração francesa, com sugestões como o queijo camembert envolto em massa filo, assado e servido com mel e geleia de damasco (R$ 78).
R. Barão de Capanema, 568, @loulousaopaulo
6 Dalva e Dito
Alex Atala abriu este restaurante mais informal, na esquina com a rua Padre João Manuel, em 2009. Hoje, quem comanda os fogões é o chef manauara José Guerra. A dupla valoriza receitas tradicionais brasileiras, como picadinho (R$ 115) e macarrão com feijão e ragu de linguiça (R$ 105). Anexo fica o café e rotisseria Mercadinho Dalva e Dito.
R. Barão de Capanema, altura do nº 468, @dalvaedito
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7 Huto Gaman
Escondido atrás de uma porta grande, fica o quarto endereço do grupo Huto, que tem um restaurante com estrela Michelin. A cozinha também é japonesa, destacando o omakassê (R$ 490), que traz pratos quentes, sushis e sobremesa. Para acompanhar, há carta de drinques autorais e saquês.
R. Barão de Capanema, 454, @grupo_huto
8 Pão do Grão
Nesta padaria artesanal, os pães e doces são preparados sem açúcar, lactose ou glúten. Também oferece brunch: os ovos beneditinos, servidos com presunto, pão cascudo e molho hollandaise (R$ 49) são destaque. Uma vitrine exibe sobremesas como cheesecake de frutas vermelhas (R$ 26).
R. Barão de Capanema, 440, @padariapaodograo
9 Padaria do Mosteiro
Todos os dias, monges beneditinos do Mosteiro de São Bento, no centro da cidade, preparam pães e doces, que são levados a esta segunda unidade da padaria, aberta em 2008. Ali, é possível beber um café enquanto prova quitutes como o minibolo dos monges, feito com ameixa, damasco e vinho canônico (R$ 15).
R. Barão de Capanema, 416, @padariadomosteiro.sb
10 Song Qi
A sofisticação dá o tom do salão do restaurante chinês, repleto de lustres, mármores e estofados bordados. O menu é o mesmo da matriz em Mônaco e tem como assinatura o pato laqueado, feito ao longo de 72 horas, para ser montado numa panqueca com pepino e molho hoisin (R$ 428, para dividir).
R. Barão de Capanema, 348, @songqi.sp
11 BeefBar
O restaurante de Mônaco ocupa uma casa de esquina com bar no salão elegante e varanda rodeada por plantas. Aberto em 2020, destaca as carnes nobres, caso do wagyu A5 de Kagoshima, que surge no guioza com vegetais e molho oriental (R$ 38).
R. Barão de Capanema, 320, @beefbar_saopaulo
12 Fiaschetteria del Capitale
É o primo mais descolado do Il Capitale, restaurante italiano que lota na rua Oscar Freire. Menor, tem cozinha à vista, onde são preparadas massas frescas, como o ravióli de ricota e trufas (R$ 105).
R. Barão de Capanema, 214, @fiaschetteriadelcapitale