A opositora aparece em um vídeo que mostra vários migrantes venezuelanos, parte de uma diáspora estimada em 7,7 milhões de pessoas, segundo a ONU, afetados por uma década de crise.
“Lembre-se, vencemos, venceu a Venezuela […] nos vemos dia 17”, acrescentou por sua vez Edmundo González Urrutia, o candidato que concorreu com Maduro nas eleições realizadas em 28 de julho.
Maduro foi proclamado presidente reeleito com 52% dos votos, contra 43% de González Urrutia, mas o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), de viés governista, não publicou a apuração detalhada alegando um ataque hacker contra o sistema de votação. Quatorze dias após a votação, os dados desagregados ainda não foram apresentados.
O resultado anunciado pelo CNE suscitou protestos com um saldo de 24 mortos, segundo organizações de direitos humanos, e mais de 2.200 detidos, segundo o próprio Maduro, que os tacha de “terroristas” e anunciou a preparação de presídios de segurança máxima para recebê-los.
No sábado, González Urrutia, que substituiu Corina Machado nas eleições por uma inabilitação imposta pela Controladoria, que também é apontada de servir aos interesses do governo, instou Maduro a parar com “a violência e as perseguições”, em um apelo chancelado pela União Europeia (UE).
Investigados pela Justiça venezuelana, que a oposição acusa de estar a serviço do governo, e ameaçados de prisão por Maduro, tanto Corina Machado como González Urrutia reduziram suas aparições públicas. A dirigente liberal se declarou na clandestinidade desde 1º de agosto.