As imagens, que duram 4 minutos e 30 segundos, mostram membros do grupo terrorista do Líbano se movendo por amplos túneis iluminados, escavados na rocha, utilizando motocicletas e outros veículos.
“A resistência do Líbano hoje possui armas, equipamentos, capacidade, membros, estrutura, habilidade, expertise e experiência, e também fé, determinação, coragem e força como nunca antes. As coordenadas de nossos alvos estão em nossas mãos e os mísseis estão posicionados, prontos e focados neles, em total sigilo”, diz voz em tom ameaçador.
Vídeo do Hezbollah mostra soldados em túneis subterrâneos — Foto: Hezbollah/Telegram
Intitulado “Nossas montanhas são nossos armazéns”, o vídeo também mostra uma comporta que se abre e um lançador de mísseis apontando para o céu.
“A resistência agora possui mísseis de precisão e de não precisão, junto com o poder de armas. Se Israel forçar um conflito no Líbano, vai encarar um destino e realidade que nunca imaginou, e a guerra conosco vai se estender da Palestina para a fronteira do Líbano até a fronteira da Jordânia e o Mar Vermelho”, finaliza a voz.
Lançador de mísseis em vídeo do Hezbollah — Foto: Hezbollah/Telegram
Negociações de cessar-fogo
A nova proposta foi apresentada durante a rodada de negociações realizada na quinta-feira (15) em Doha, no Catar, com a presença de representantes de Israel e dos mediadores do conflito — EUA, Egito e Catar. O Hamas não quis participar.
John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, disse que ‘Brasil está papagueando a propaganda russa e chinesa’ — Foto: REUTERS
Em comunicado comum, os participantes das conversas afirmaram que a proposta de Washington “resolve as lacunas restantes” nas negociações e permite um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
“As conversas foram construtivas (…). Os EUA, com apoio do Egito e do Catar, apresentaram a ambas as partes uma proposta edificante que é “consistente com os princípios estabelecidos pelo presidente Joe Biden em 31 de maio (durante outra rodada de negociações) e resolve lacunas que permaneceram”.
Já um alto comandante do Hamas disse à agência de notícias Reuters que a proposta dos EUA não cumpre pontos combinados no último encontro, em 2 de julho. O integrante do grupo terrorista não especificou os pontos que, segundo ele, não foram cobertos.
As conversas foram concluídas nesta sexta-feira, e Israel levará a proposta de Washington para ser analisada. O texto também será entregue ao Hamas.
O governo de Netanyahu ainda não havia se pronunciado após o fim da rodada de negociações.
A Casa Branca está otimista, e, na quinta-feira (15), disse que as negociações de paz tiveram “um início promissor”. Nesta sexta, o Departamento de Estado anunciou que o secretário da pasta, Antony Blinken, se encontrará na segunda-feira (19) com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Kirby falou que alguns temas ainda são obstáculos para o acordo e os enumerou:
“Os obstáculos que ainda persistem podem ser superados para concluir este processo. Precisamos da libertação dos reféns, de ajuda aos palestinos em Gaza, de segurança para Israel e de menos tensões na região. Exigimos que isso aconteça o mais rápido possível”.
As conversas começaram nesta manhã e devem se estender pelo fim de semana. Representantes de Israel, dos Estados Unidos e do Egito e do Catar, que mediam as conversas, voltaram a se reunir em Doha para tentar destravar a trégua, que vem sendo debatida há meses, mas não avança por falta de consenso entre as partes.
A proposta é que Israel deixe de bombardear Gaza de forma permanente, encaminhando a região para um fim gradual da guerra. Em troca, o Hamas devolve os reféns ainda sob poder do grupo e se compromete a não exercer novos ataques.
O Hamas, o Irã e diversos países do Oriente Médio culpam Israel, que não confirmou nem negou autoria no assassinato.