Nas imagens que o g1 teve acesso aparece um modelo de Camaro azul, da fabricante americana Chevrolet. De acordo com a Tabela Fipe, o veículo pode chegar a custar até R$ 510 mil, a depender do ano de fabricação. A PF não informou se o carro pertence ao ex-governador Mauro Carlesse.
Sobre a operação, Mauro Carlesse disse que não teve acesso à decisão, mas que a licitação citada foi iniciada no governo de Marcelo Miranda. Em nota o governo do Tocantins disse que colabora com as investigações da Polícia Federal. (Veja a íntegra das notas abaixo)
Carro de luxo apreendido pela PF no prédio onde mora Mauro Carlesse — Foto: Reprodução/Matheus Dias
Segundo a PF, além dos mandados, outras medidas cautelares estão sendo aplicadas por cerca de 100 agentes. Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça de Palmas.
A suposta licitação tinha por objetivo a contratação de empresa especializada na prestação de serviços de locação de máquinas pesadas e caminhões. Também previa o fornecimento de combustível e a manutenção preventiva e corretiva para atender os escritórios da Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto).
Operação da PF cumpre mandados por supostas fraudes no governo em 2018
Ex-governador do Tocantins Mauro Carlesse — Foto: Antônio Gonçalves/Governo do Tocantins
Sobre a operação da Polícia Federal realizada nesta segunda-feira, 26, com citação ao ex-governador Mauro Carlesse cabe esclarecer que:
O ex-governador Mauro Carlesse não teve acesso à decisão judicial que desencadeou essa operação, mas soube pela imprensa tratar-se de investigação vinculada a processo licitatório iniciado na gestão do ex-governador Marcelo Miranda.
O que diz o governo do Tocantins
A Secretaria das Cidades, Habitação e Desenvolvimento Regional, bem como a Agência de Transportes, Obras e Infraestrutura informam que colaboram com a Polícia Federal no cumprimento dos mandados de busca e apreensão realizados na manhã desta segunda-feira, 26, referente a Operação Timóteo 6:9, que investiga supostas irregularidades em licitação que teriam ocorrido na extinta Secretaria de Infraestrutura, Cidades e Habitação do Estado do Tocantins na gestão do ex-governador Mauro Carlesse, entre os anos de 2018 e 2019.