Documento assinado pela presidente e vice-presidente do TJ, citadas em investigação, pede apuração do Conselho Nacional de Justiça com ‘maior brevidade possível’. Desembargador e juiz foram afastados dos cargos.
Desembargadoras do TJTO pedem inspeção extraordinária ao CNJ
A TV Anhanguera teve acesso ao documento, que foi assinado pela presidente do TJTO, desembargadora Etelvina Maria Sampaio Felipe, e pela desembargadora Ângela Maria Ribeiro Prudente, vice-presidente. Ambas são citadas na decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que autorizou a Operação Máximus.
Em ofício enviado à Corregedoria Nacional, as desembargadoras alegam que a necessidade da inspeção é afastar danos à imagem e credibilidade do Poder Judiciário do estado, e que precisa ser feita nos âmbitos administrativo e judicial, conforme os apontamentos dos inquéritos policiais que tramitam no STJ.
Tribunal de Justiça do Tocantins, localizado na ala norte da Praça dos Girassóis — Foto: Divulgação/Vilma Nascimento
O ofício do TJ enviado à Corregedoria Nacional relatou que as buscas foram feitas no sentido de colher informações que possam ser incluídas nas investigações em andamento.
“Estas subscritoras são plenamente cientes e serenas quanto às suas respectivas idoneidades, integridade e inocência dos fatos que lhes são (genérica, lacônica e injustamente) atribuídos”, diz o documento.
No âmbito estadual, a Corregedoria Geral da Justiça do Tocantins (CGJUS), órgão ligado ao próprio Tribunal de Justiça do Tocantins, afirma que está apurando as denúncias em relação a juízes de primeiro grau do Poder Judiciário.
Além dos dois mandados de prisão preventiva, 60 ordens de busca e apreensão foram cumpridas no Tocantins e em outros estados, inclusive no Fórum de Palmas e na sede do Tribunal de Justiça.
O filho dele, Thales, e o advogado Thiago Sulino seriam responsáveis pela operacionalização do esquema e a dupla mediava os contatos entre os investigados, inclusive recebendo propinas.