“Acreditamos que Putin sabia dessas ações”, disse o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, John Kirby.
Autoridades americanas anunciaram sanções contra executivos da RT e outras pessoas. Eles foram acusados de fazer “esforços de influência maliciosa” contra as eleições presidenciais americanas de 2024.
O veículo é acusado de recrutar, de forma encoberta, “influenciadores americanos involuntários” para apoiar uma “campanha” da RT, antes conhecida como Russia Today. Uma empresa norte-americana também estaria envolvida.
As investigações apontam que os funcionários da agência russa canalizaram US$ 10 milhões para uma empresa com sede no estado do Tennessee, “para divulgar conteúdo considerado favorável ao governo russo”, acrescentou.
A acusação aponta que a empresa americana, que não foi identificada, publicou vídeos em inglês no TikTok, Instagram, X e YouTube e “nunca revelou aos influenciadores nem aos seus milhões de seguidores seus vínculos com a RT e o governo russo”, disse o procurador-geral Merrick Garland.
Segundo o Departamento do Tesouro, a editora-chefe da agência, Margarita Simonyan, foi uma “figura central nos esforços de influência maliciosa do governo russo”. Enquanto isso, a editora-adjunta Elizaveta Brodskaia informava Putin e funcionários da agência.
Washington acusa Moscou de tentar influenciar as eleições presidenciais desde a disputa de 2016 entre o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton.
Após as eleições de 2020, funcionários de inteligência dos EUA acusaram Putin de autorizar “operações de influência” para favorecer a votação em Trump.
A RT reagiu através em seu canal no Telegram, desqualificando as acusações dos Estados Unidos, considerando-as de “clichês conhecidos”.
“Três coisas são inevitáveis na vida: a morte, os impostos e a ‘interferência da RT nas eleições americanas'”, ironizou o veículo.