Além de ser esfaqueado, o ex-vereador ainda foi imobilizado com um golpe conhecido como ‘mata-leão’. Laureni teria confessado o ataque à polícia, mas não foi presa por não estar em situação de flagrante.
Abidoral Ribeiro de Jesus tinha 45 anos e era muito conhecido na cidade — Foto: Divulgação
Após a conclusão do inquérito, o caso foi enviado ao Tribunal de Justiça do Tocantins e ao Ministério Público. O g1 pediu posicionamento aos órgãos para saber qual a atual fase do processo, mas até a publicação da reportagem não houve retorno.
A defesa de Laureni e Roberto informou que a ação penal tramita na Comarca de Ponte Alta, e que “demonstrará ao Judiciário, circunstâncias que não são condizentes com o descrito na denúncia”.
Nesta sexta-feira (18), um grupo de parentes e amigos da vítima foram até o Fórum. Usando microfones e caixas de som, eles manifestaram revolta pela demora no julgamento do caso.
“Cinco meses de dor, cinco meses de sofrimento, cinco meses de angústia, cinco meses de uma falta de um filho, cinco meses de uma falta de um irmão, de um pai, de um avô. Nós estamos aqui hoje por um primo, por um sobrinho, clamando por justiça”, disse a irmã dele, Raimunda Nonato Ribeiro, no protesto.
Irmão de Abidoral, Hamilton Ribeiro de Jesus, afirmou que o processo está parado no judiciário e a reivindicação é para que os acusados sejam julgados o mais rápido possível.
“Estamos querendo seriedade nesse processo e agilidade, porque nossa família está sofrendo com a perda do Abidoral. Meus pais estão sofrendo muito. A minha mãe não dorme à noite, sofrendo, chorando pela perca do filho. Meu irmão deixou filhas, netos, irmão, sobrinho, amigos, familiares e a população de Mateiros com muita dor e saudade. Por isso queremos Justiça”, disse o irmão da vítima.
A defesa da família explicou à TV Anhanguera que o processo está há um mês com o juiz para que ele marque uma audiência para ouvir as testemunhas e decidir se leva ou não os acusados a júri popular.
Protesto na frente do Fórum de Ponte Alta — Foto: Divulgação
No dia do crime, segundo investigação da Polícia Civil, Abidoral teria jogado um balde com água no local onde as pessoas estavam dançando para baixar a poeira. Como Laureni não gostou da ação do cunhado, deu início à briga partindo para cima do ex-vereador.
A polícia também descobriu na conclusão do inquérito que o filho de Laureni foi por trás de Abidoral e o imobilizou com uma técnica de estrangulamento conhecido como ‘mata-leão’.
Em seguida, a cunhada o esfaqueou, atingindo as nádegas da vítima por quatro vezes. O ex-vereador foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Nesta sexta-feira, a Polícia Civil reforçou que mãe e filho foram indiciados por homicídio qualificado e que o inquérito policial foi remetido ao Poder Judiciário, ainda no mês de junho, trinta dias após a morte de Abidoral, com vistas ao Ministério Público para a adoção das medidas legais cabíveis.