A declaração, de 12 páginas, é intitulada “Parlamentos por um mundo justo e um planeta sustentável”. Entre outros pontos, o texto defende:
- a busca por formas de financiamento de “transições energéticas justas”;
- mudanças em organismos internacionais, como o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU);
- e a criação de “bancos multilaterais de desenvolvimento que sejam melhores, maiores e mais eficazes”.
A Argentina, país presidido por Javier Milei, não assina o documento. O primeiro-secretário do Senado, Rogério Carvalho (PT-SE), afirmou que o país não concordou com “nada” da declaração..
“É uma carta de intenção consistente, que pauta o que é central para o mundo neste momento. Representa um consenso, com exceção da Argentina, que, de forma deselegante, disse que não concorda com nada do que é civilizado e do que é civilizatório”, disse Carvalho.
- inclusão social e combate à fome e à pobreza;
- transição energética e desenvolvimento sustentável;
- reforma da governança global.
Nos dias 18 e 19 deste mês, o Rio de Janeiro sediará a cúpula de chefes de Estado e de governo.
Além da cúpula de líderes das principais economias do mundo, o Rio de Janeiro também vai sediar a partir da próxima semana o chamado G20 Social, iniciativa do governo brasileiro para discutir, entre outros pontos, o combate à fome e à miséria.
Paralelamente aos encontros do G20 no Rio de Janeiro, o Congresso Nacional sediou nesta semana em Brasília o P20.
A declaração conjunta, assinada pelos países-membros e convidados, será entregue aos líderes do grupo das 20 maiores economias do mundo, na próxima semana.
Segundo apuração do g1 e da GloboNews, o presidente da Argentina, Javier Milei, deverá participar do encontro de líderes do G20.
Milei tem um histórico de críticas a fóruns de debate internacionais. Ele também já fez críticas ao presidente Lula, chamando-o de “corrupto” e “comunista”.
Veja em tópicos o que o documento do P20 diz sobre os seguintes temas:
“Entendemos que a desigualdade social e econômica existente dentro dos países e entre eles está na raiz dos principais desafios a serem enfrentados pelos nossos países. A desigualdade deve ser enfrentada por meio de uma abordagem abrangente que promova a inclusão social, fortaleça a boa governança em todos os níveis e defenda os direitos humanos, garantindo, ao mesmo tempo, crescimento econômico e resiliência diante dos desafios globais.”
“Nesse contexto, apoiamos a adoção de medidas que incentivem as energias renováveis, protejam a biodiversidade e garantam que o crescimento econômico, a inclusão social e a proteção ambiental avancem de forma totalmente integrada e multidimensional.”
“Em nossos esforços por uma ordem internacional mais equitativa e representativa, de acordo com o direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas, reafirmamos a necessidade de reformas abrangentes para tornar as instituições de governança global mais transparentes, responsáveis, eficazes, eficientes, inclusivas, democráticas e representativas, refletindo as realidades e demandas do século XXI.”