Os primeiros familiares começaram a chegar às 18h. Duas coroas de flores foram colocadas na sala onde o corpo estava sendo velado. “Os meus sinceros sentimentos a toda a família”, dizia uma das faixas sobre a coroa de flores. Amigos e parentes próximos comentavam que foram pegos de surpresa com a notícia da morte de Celso Araújo.
Juliana Araújo Novais disse que havia marcado de passar o Natal com ele. “Ele não me esperou. A gente sempre gostava de conversar por mensagem de vídeo. Ele gostava de se exibir. Ele estava no momento mais feliz da vida dele”, disse ela a uma colega de trabalho do motorista.
Familiares relatam revolta e tristeza durante a homenagem. “Revolta porque a pessoa sai para trabalhar e acontece isso. Você vê uma família dilacerada”, diz Emerentina Santiago Pereira Nunes, 38, auxiliar de produção e amiga de infância do motorista.
“Fazia um ano que não nos víamos e agora recebi essa notícia”, diz a amiga de infância. Emerentina conta que conheceu Celso e Simone quando estudavam na mesma escola, em Guarulhos. “Todos os nossos amigos saiam juntos, era aquela amizade bonita. Ele era uma pessoa muito alegre, coração bom. Fiquei sabendo pela minha irmã, que também é amiga dele.”
Irmã se diz revoltada com o crime. A servidora pública Simone Dionízia Fernandes Novais, 41, diz estar revoltada com a falta de “atenção e respaldo”. Ela disse que não foi procurada por autoridades de segurança pública e tampouco por profissionais do aeroporto para oferecer respaldo. “Ninguém me ligou nem para desejar ‘meus sentimentos'”.