Smotrich, que é da extrema direita, indicou que Israel deve estender ainda mais o controle sobre o território palestino após a eleição de Donald Trump na eleição dos EUA na semana passada — Trump é aliado do premier israelense, Benjamin Netanyahu.
Embora seja um território autônomo, a Cisjordânia é atualmente parcialmente controlada por Israel, que ocupa a região. A Autoridade Nacional Palestina governa a Cisjordânia oficialmente, mas Israel tem o controle sobre a segurança em três áreas específicas dentro do território, além de governar Jerusalém Oriental, que também é parte da Cisjordânia.
As Forças de Israel também fazem operações constantes no território, além de controlar os postos de entrada e saída.
Além disso, Netanyahu autorizou, ao longo de seu governo, novas construções de assentamentos judeus na Cisjordânia, espécies de bairros dentro do território palestino que a Organização das Nações Unidas (ONU) classifica de ilegais.
A ocupação israelense sobre a Cisjordânia é uma das principais bandeiras da extrema direita do país, que governa em coalizão com Netanyahu.
O ministro Bezalel Smotrich afirmou ainda esperar que o governo de Donald Trump “reconheça o impulso à soberania israelense” na Cisjordânia.
Estado palestino ‘não é realista’, diz chanceler
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Também nesta segunda, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, declarou que estabelecer um Estado palestino não é uma “posição realista” neste momento.
“Em uma palavra? Não”, respondeu Saar em coletiva de imprensa ao ser questionado sobre a possibilidade de normalizar as relações entre Israel e Arábia Saudita em troca da criação de um Estado palestino.
Os Acordos de Abraão, promovidos pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, durante seu primeiro mandato, permitiram normalizar as relações entre Israel e diversos países árabes (Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Marrocos).
“Um Estado palestino (…) será um Estado do Hamas. Não acredito que seja uma posição realista hoje e temos que ser realistas”, afirmou Saar.
Uma cúpula extraordinária de membros da Liga Árabe, uma organização pan-árabe de 22 países, e da Organização de Cooperação Islâmica (OIC), que reúne mais de 50 Estados muçulmanos, começa na Arábia Saudita nesta segunda-feira.
De acordo com a agência de notícias oficial saudita SPA, os participantes discutirão “a contínua agressão israelense nos territórios palestinos e no Líbano”.
A Arábia Saudita defende uma nova “parceria internacional” com o objetivo de incentivar o estabelecimento de um Estado palestino independente e soberano.