A morte de Gilmar Sampaio da Silva aconteceu na noite de domingo (10) e foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES). O paciente estava sob suspeita da doença desde o dia 22 de outubro.
A confirmação do diagnóstico se deu no dia 30, após o Instituto Pasteur, localizado em São Paulo, confirmar a infecção do paciente pela variante AgV 3, transmitida por morcegos. Este é o único caso de raiva confirmado no Tocantins neste ano. O caso anterior aconteceu em 2017.
Conforme a SES, o tratamento de Gilmar seguiu todos protocolos pré-estabelecidos pelo Ministério da Saúde, que enviou medicação especial para o HRG.
A equipe médica do hospital estava sendo assessorada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention – CDC), em Atlanta, na Geórgia (EUA).
A SES informou que as investigações do caso seguiram as vertentes humana e animal desde o dia 23 de outubro, quando foi notificada da suspeita do caso. O trabalho foi feito em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), órgão responsável por investigar os reservatórios da doença.
O governo estadual reforçou a imunização do município após a descoberta do caso. Equipes técnicas da Adapec estiveram em Alvorada na sexta-feira (8) e nesta segunda-feira (11) avaliando os riscos de contaminação. Um relatório será divulgado posteriormente à população assim que for finalizado.
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Transmissão, sintomas e riscos
De acordo com o Ministério da Saúde, a raiva é uma infecção causada por um vírus e transmitida a partir da saliva de animais infectados. Geralmente, ocorre após a mordedura de morcegos – como foi o caso do paciente de Alvorada – e de cães e gatos.
Para evitar a contaminação, é preciso receber a vacina contra a raiva. O imunizante é aplicado em humanos e, também, nos animais domésticos.
Anualmente, o governo faz campanha de vacinação antirrábica. A aplicação das doses em cães e gatos evitam a infecção de animais domésticos e prováveis transmissões para humanos.
A doença pode não apresentar sintomas durante um intervalo de tempo. Segundo o Ministério da Saúde, é comum que o período de incubação em humanos alcance 45 dias. Mas o tempo pode mudar de acordo com diferentes fatores. Entre eles, a parte do corpo e a profundidade da mordida; e se a vítima for criança – quando a doença se desenvolve mais rapidamente.
- mal-estar geral;
- pequeno aumento de temperatura;
- perda de apetite;
- dor de cabeça;
- náuseas;
- dor de garganta;
- fraqueza;
- irritabilidade;
- inquietude;
- sensação de angústia.
Os sinais podem permanecer de 2 a 10 dias após o período de incubação.
Em quadros mais graves, a pessoa pode desenvolver ansiedade, hiperexcitabilidade, febre, delírios, espasmos musculares involuntários e generalizados, além de convulsões. Nesses casos, a doença pode levar à morte em até uma semana. A doença é quase sempre fatal.