Com as principais passagens entre Gaza e o Egito fechadas ou com serviço intermitente após a operação militar de Israel em Rafah, a pressão internacional para que alimentos, medicamentos e outros itens de primeira necessidade entrassem no território havia se intensificado.
Segundo o Comando Central dos EUA, os primeiros desembarques ocorreram às 9h do horário local (3h em Brasília).
O píer flutuante pré-montado foi construído por militares americanos no porto de Ashdod, em Israel, e levado em partes para a costa de Gaza. O Comando Central afirma, no entanto, que nenhum militar americano chegou a desembarcar no território palestino.
A ajuda que vai entrar em Gaza por via marítima será parte de um “esforço contínuo e multinacional”, segundo os EUA. A carga será inspecionada por autoridades israelenses em um posto de controle instalado no Chipre, e deve passar depois por inspeções adicionais já em terra, segundo autoridades americanas.
Segundo a ONU, a fome ameaça a maioria dos 2,4 milhões de habitantes do território palestino, onde o cerco israelense provocou uma grave escassez de alimentos, água potável, medicamentos e combustível.
Palestinos aguardam para receber comida de cozinha comunitária em Deir el-Balah, na região central de Gaza — Foto: AFP
A ONU alertou que abrir as passagens terrestres e permitir a entrada de mais comboios de caminhões em Gaza é a única forma de acabar com a crise humanitária desencadeada pelo conflito entre Israel e o Hamas.
EUA concluem instalação de pier para ampliar ajuda humanitária em Gaza
A guerra começou em 7 de outubro, com o ataque executado pelo grupo terrorista Hamas no sul de Israel, que matou mais de 1.200 pessoas, a maioria civis.
Mais de 250 pessoas foram sequestradas e 128 permanecem em cativeiro em Gaza, das quais o Exército acredita que 38 morreram.