No entanto, Nikki Haley também deixou claro que sente que Trump tem trabalho a fazer para conquistar os eleitores que a apoiaram durante a campanha das primárias e continuam a votar nela nas disputas primárias em andamento.
“Vou votar em Trump. Dito isso, mantenho o que disse no meu discurso de desistência. Seria inteligente do Trump se ele se aproximasse dos milhões de pessoas que votaram em mim e que continuam a me apoiar em vez de assumir que elas simplesmente estarão com ele. E eu realmente espero que ele faça isso”, disse Haley, ex-embaixadora de Trump na ONU, durante um evento no Instituto Hudson em Washington.
Segundo a agência Associated Press, os comentários em seu primeiro discurso público desde que deixou a corrida presidencial são outro sinal da consolidação praticamente completa do apoio do Partido Republicano a Trump, mesmo daqueles que o rotularam como uma ameaça no passado.
Quem é Nikki Haley, republicana que desafia candidatura de Trump à presidência dos EUA
Haley encerrou sua própria candidatura à nomeação republicana há dois meses, mas não endossou imediatamente Trump, tendo o acusado de causar caos e desconsiderar a importância das alianças dos EUA no exterior, além de questionar se Trump, de 77 anos, não seria muito velho para ser presidente novamente.
Trump, por sua vez, repetidamente zombou dela com o apelido de “Cérebro de Passarinho”, embora tenha diminuído esses ataques após garantir delegados suficientes em março para se tornar o provável candidato republicano.
A campanha de Trump não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da AP sobre o anúncio de Haley.
Enquanto isso, a campanha do presidente Joe Biden tem trabalhado para conquistar os apoiadores de Haley, que eles consideram os verdadeiros eleitores indecisos, segundo a AP. A equipe do presidente está organizando um grupo de “Republicanos para Biden”, que eventualmente incluirá uma equipe dedicada e focará nas centenas de milhares de eleitores de Haley em cada estado decisivo, de acordo com pessoas familiarizadas com os planos da campanha, mas que não são autorizadas a discuti-los publicamente.
Haley fez diversas críticas à política externa de Biden e ao manejo da fronteira dos EUA com o México em seu discurso de quarta (22) no Instituto Hudson, um think tank conservador de Washington ao qual ela se juntou recentemente ao reemergir na esfera política.
No início deste mês, Haley se reuniu na Carolina do Sul com alguns de seus doadores, um evento caracterizado como um “agradecimento” aos seus principais apoiadores.