Grande e imponente, a nuvem que cobriu Oliveira de Fátima, na região central do Tocantins, deixou moradores impressionados. A meteorologista Elizabete Ferreira, do Instituo Nacional de Meteorologista (Inmet), explicou que este seria o fenômeno conhecido como ‘nuvem prateleira’ (veja a explicação abaixo).
As imagens foram registradas pelo morador Bento Lopes, quando estava saindo da casa de um primo com a família, nesta segunda-feira (16), por volta das 18h40.
“Começou a formar esse lindo fenômeno no céu, observando que cada vez mais ele tomando uma proporção diferente. Fiz o vídeo e algumas fotos, parecia até que ia chover bastante, porém até que choveu pouco, mas foi algo muito lindo de se ver. Não tenho medo, muito pelo contrário, fiquei impressionado por estar vendo algo que pode se considerar inédito na minha cidade”, contou Bento.
Nuvem vista em Oliveira de Fátima — Foto: Divulgação/@bentolopesoficial
Segundo Bento, quando começou parecer que iria chover, ele decidiu voltar para casa com a família. Nesse momento, eles viram o que estava acontecendo no céu.
“Ao sai em direção ao meu carro percebemos que algo diferente estava se formando. Pelo que se formou e com os relâmpagos que ocorreu também, parecia até que ia chover bastante, mas acredito que passou por cima da cidade, todo mormaço. Aqui em Oliveira, nunca tinha visto [o fenômeno], sou natural daqui, nasci em 1987 e posso dizer que é a primeira vez que vejo algo do tipo por aqui“.
A previsão nesta terça-feira (17) na cidade é de muitas nuvens com pancadas de chuva e trovoadas isoladas, segundo o Instituto Nacional de Meteorologista (Inmet). A temperatura mínima será de 24 graus e máxima de 31. Na quarta-feira (18), o dia deve ficar nublado, com possibilidade de pancadas de chuvas isoladas.
A meteorologista Elizabete Ferreira, do Inmet, explicou o que pode ser essa nuvem gigante registrada em Oliveira de Fátima. Segundo ela, as imagens apontam para uma ‘nuvem prateleira’.
Geralmente essa nuvem gigante anuncia a chegada de chuva forte ou raja de ventos intensos. A meteorologista também explicou que o fenômeno não é comum, mas o período chuvoso no qual o Tocantins se encontra é propício para sua formação
“Às vezes não tem a chuva, mas você sente aquela rajada, aquele vento mais frio. E por que ocorre essa condição? Porque na superfície, no solo, a próxima superfície está mais aquecido e um pouco mais acima da superfície está frio. Então, está frio e está com rajada de vento. Aí acaba ocasionando essa condição de ‘nuvem prateleira’, que parece uma onda. Você vê ali essas camadas até diferenciadas, que você vem se aproximando. Então, tem essa condição em termos diferenças de temperatura, com umidade e também o vento, que favorece esse aparecimento”.