A SSP informou que a suposta médica está sendo investigada por homicídio culposo, uso de documento falso, por apresentar um número de registro do Conselho Regional de Medicina (CRM) de outra profissional, e exercício ilegal da medicina. A 47ª Delegacia de Polícia de Guaraí está investigando o caso.
O g1 pediu posicionamento sobre o caso ao CRM e não houve resposta até a publicação desta reportagem. A redação não conseguiu localizar a defesa da mulher investigada.
Na época, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) disse que mulher chegou a atender alguns pacientes na unidade e que haveria uma verificação nos prontuários.
A direção registrou boletim de ocorrência e foi informada de que a mulher já é investigada pelo mesmo crime em outros municípios.
A SES afirmou em nota que encaminhou o caso à Corregedoria da Saúde órgão que trabalha nas respectivas investigações para as medidas cabíveis.
Euzébio Correia da Silva deu entrada no Hospital Regional de Guaraí no período de pandemia, no dia 17 de maio de 2021. Diagnosticado com Covid-19, precisou ser internado e segundo a filha dele, Luzia Brito da Silva, ele ficou aos cuidados de Ludmylla.
No dia 22 de maio o idoso morreu após passar por um procedimento de intubação, conforme foi repassado à família. Até aquele momento, os filhos de Euzébio não tinham conhecimento que Ludmylla não era formada em medicina.
“Sei que não vai trazer meu pai de volta. Sei também que dinheiro nenhum pode reparar a dor de uma perda. Porém, o Estado está sendo penalizado por um ato que eles cometeram, de contratar uma pessoa sem averiguar direito quem aquela pessoa era”, disse Luzia ao g1.
A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins informa que a suposta médica está sendo investigada por homicídio culposo, uso de documento falso (uma vez que usava ilegalmente o CRM de outra profissional) e exercício ilegal da medicina. O caso está sob a responsabilidade 47ª Delegacia de Polícia de Guaraí.
Mais informações serão repassadas em momento oportuno.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) não foi intimada oficialmente sobre a decisão até o momento, mas acompanha o caso e ainda em 2021, a Pasta realizou Boletim de Ocorrência junto às autoridades policiais e encaminhou o caso à Corregedoria da Saúde, que trabalha nas respectivas investigações para as medidas cabíveis.
Por fim, a SES-TO destaca que está à disposição do judiciário e órgãos de controle, para as diligências que coadunam com um Sistema Único de Saúde (SUS) digno à população tocantinense.