Jucimar Ferreira tinha 42 anos. Seu corpo foi encontrado próximo ao estádio Nilton Santos por uma pessoa que fazia caminhada nas proximidades. Segundo investigação da Polícia Civil o crime, cometido em março de 2024, foi motivado por uma dívida envolvendo a compra de drogas.
O suspeito do crime tem 40 anos e não teve o nome divulgado. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), ele é conhecido pelo apelido de “Zona Sul” e foi encontrado com várias porções de cocaína e maconha. O suspeito foi autuado em flagrante por tráfico de drogas. O g1 não conseguiu contato com a defesa dele.
De acordo com o delegado Eduardo Menezes, o suspeito foi identificado por meio de gravações de câmeras de segurança que demonstraram que o suspeito foi a última pessoa vista com Jucimar antes do crime.
“As apurações indicaram que a vítima se encontrou com o suspeito em um estabelecimento comercial na noite do crime. Os dois saíram juntos do local, mas o suspeito retornou sozinho pouco tempo depois”, informou o delegado.
Corpo foi encontrado na quadra 1506 sul, em Palmas — Foto: Divulgação
O suspeito foi levado para a 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP – Palmas), onde será ouvido. Após passar pelos procedimentos legais, será encaminhado à Unidade Penal de Palmas, onde permanecerá à disposição da Justiça. Caso seja condenado, a pena pode chegar a 30 anos de prisão.
Ao chegarem no local, os militares viram que a vítima vestia uma camisa da rodoviária de Palmas, mais tarde ficou comprovado que Jucimar trabalhava como carregador de malas no terminal.
Jucimar Ferreira da Silva trabalhava carregando malas em rodoviária — Foto: Divulgação
A Polícia Civil e Científica compareceram ao local e confirmaram que a Jucimar sofreu um disparo de arma de fogo na região da cabeça, mas não foi possível identificar o calibre.
Jucimar trabalhava como carregador de malas no terminal rodoviário de Palmas. Na época do crime, o responsável pela rodoviária afirmou, em ligação ao g1, que ele não tinha vínculo empregatício com a administração e trabalhava por conta própria.
Ao longo da investigação os policiais civis precisaram reconstruir os passos de Jucimar até o momento de sua morte.
“A única certeza que tínhamos era o local de trabalho da vítima. A partir disso, iniciamos um trabalho rigoroso de busca por imagens de câmeras de segurança que comprovassem todo o trajeto percorrido por ele. Foram analisadas inúmeras gravações, e o desafio maior foi identificar locais monitorados e traçar possíveis caminhos baseados em poucas pistas. Foi um processo trabalhoso, mas, no final, conseguimos esclarecer a autoria do crime e oferecer uma resposta à família da vítima e à sociedade”, concluiu o delegado.