A próxima etapa após a implosão é a limpeza do local. Por meio de uma técnica chamada de fragmentação mecanizada, os escombros e o pilar que permaneceu em pé serão removidos. Segundo o diretor de infraestrutura rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Fábio Pessoa da Silva, quando boa parte do concreto for retirado as obras darão início.
“O serviço de limpeza será priorizado exatamente nos pontos onde vão ser executados as novas fundações, da nova estrutura. Ela já começa de imediato, assim que conseguirmos fazer boa parte da limpeza do trecho implodido. Lógico que existem problemas que podem acontecer durante a execução de qualquer contrato, ainda mais em uma ponte desse tamanho, mas o planejamento e execução da obra são plenamente factíveis para gente executar esse ano”, explicou.
Máquinas começam a retirar entulhos destroços da ponte JK — Foto: Tv Anhanguera/Reprodução
O engenheiro de minas Manoel Jorge Diniz Dias foi o responsável pela implosão da ponte. Ele considera que a ação foi um sucesso e gerou baixas vibrações na barragem, ferrovia e casas próximas ao rio Tocantins.
“A avaliação é muito positiva no sentido de classificar a operação como bem sucedida em todos os aspectos. Destacando sempre a figura da segurança. Tivemos duas detonações em sequência. Importante isso para que não ocorresse uma sobreposição e pudesse causar uma vibração maior. A previsão sempre foi de valores muito baixos para todas as estruturas, barragem ferrovia e casas”, contou.
Imagens de drone mostram implosão de ponte entre TO e o MA
Segundo o DNIT, a nova ponte deverá ser construída com 100 metros a mais de extensão que a anterior. O comprimento total da estrutura será de 630 metros, com um vão livre de 150 metros. As obras devem ser entregues até o dia 22 de dezembro deste ano.
Além disso, a ponte deverá ter uma largura de 19 metros, ou seja, sete metros mais larga que anterior, a serem distribuídos em duas faixas de rolamento de 3,60 metros cada. A estrutura terá dois acostamentos de 3 metros cada, duas barreiras de proteção tipo New Jersey de 40 centímetros cada, dois passeios de 2,3 metros cada, e guarda-corpo em cada extremidade do tabuleiro.
O vão da ponte caiu no dia 22 de dezembro de 2024, por volta das 14h50. A estrutura fica liga as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Um vereador de Aguiarnópolis que denunciava a situação precária da estrutura flagrou o acidente.
No momento em que a ponte caiu, duas caminhonetes, um carro, três motos e quatro caminhões passavam pelo local. Três desses caminhões carregavam ácido sulfúrico e agrotóxicos. Conforme a Marinha, 14 pessoas morreram e três ainda estão desaparecidas. Um homem de 36 anos foi o único sobrevivente na tragédia.
Veja quem são as vítimas:
- Salmon Alves Santos, 65 anos;
- Felipe Giuvannucci Ribeiro, 10 anos;
- Gessimar Ferreira, 38 anos.
- Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos
- Kecio Francisco Santos Lopes, de 42 anos
- Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos
- Ansio Padilha Soares, de 43 anos
- Silvana dos Santos Rocha, de 53 anos
- Andreia Maria de Sousa, de 45 anos
- Elisangela Santos das Chagas, de 50 anos
- Alison Gomes Carneiro, de 57 anos
- Rosimarina da Silva Carvalho, de 48 anos
- Cássia de Sousa Tavares, de 34 anos
- Cecília Tavares Rodrigues, de 3 anos
- Beroaldo dos Santos, de 56 anos
- Alessandra do Socorro Ribeiro, 50 anos;
- Marçon Gley Ferreira, de 42 anos.