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De acordo com o delegado Fellipe Crivelaro, responsável pelo caso, o perfil virou alvo de inúmeras denúncias após divulgar situações contra moradores da cidade, relacionadas a difamações, calúnias e até a publicação de ‘nudes’, entre outros crimes.
O g1 entrou entrou em contato com a defesa de Casciano. O advogado informou que os autos estão sob segredo de justiça e que enviaria um posicionamento quando tivecesse acesso a eles. A resposta não havia chegado até a última atualização desta reportagem.
Foi apurado ainda, que o perfil foi criado em janeiro de 2024 e os moradores procuravam a delegacia da cidade semanalmente para registrar boletim de ocorrência em desfavor do administrador da página, que ainda era desconhecido.
Uma das postagens que mais chamou a atenção da polícia foi a divulgação de cenas de estupro contra uma moradora. O autor do abuso foi preso e o dono do perfil nas redes sociais vai responder pela exposição do crime.
O delegado explicou que assim que os investigadores chegaram ao nome do suspeito, houve um cumprimento de mandado de busca na casa dele, em Nova Olinda. Mas o homem tentou se esconder.
“Quando chegamos, os familiares ainda tentaram nos enganar dizendo que ele não estava lá. Mas depois de muito custo, o encontramos escondido em um cômodo da casa”, disse.
Conforme a autoridade, ele alegou que temia a prisão por pensão alimentícia, já que tem muitos filhos. Mas a polícia apurou que ele já havia fugido de Nova Olinda em dezembro do ano passado por medo de ser preso em investigação relacionada à página.
O indiciamento referente ao inquérito finalizado nesta sexta-feira (28) é em relação à divulgação do crime de estupro. O documento será enviado ao Poder Judiciário, com vistas ao Ministério Público. Nesse momento a Polícia Civil não vai representar pela prisão do indiciado.
Além desse caso, o homem também é investigado pela divulgação de outras duas cenas de nudez e diversos crimes de difamação e calúnia, explicou o delegado.
Diante das inúmeras denúncias já existentes contra a página, o delegado reforçou que outras vítimas do crime virtual procurem a delegacia para registrar boletim de ocorrência contra o responsável pelas publicações.
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