
Gilman Rodrigues da Silva, de 47 anos, era namorado de Delvânia e foi indiciado pela Polícia Civil por feminicídio na sexta-feira (11). O crime aconteceu no dia 22 de março deste ano. A vítima sofreu diversos ferimentos e pediu socorro em um grupo de aplicativo de mensagens, mas os áudios teriam sido apagados pelo suspeito.
A defesa dele informou que a família manifesta ‘profundo pesar pelo falecimento’ de Delvânia e afirma que aguarda a conclusão das investigações para que todos os fatos sejam ‘devidamente aclarados’ (veja a íntegra da nota no fim da reportagem).
A SES informou que após a autorização da família para captação de múltiplos órgãos, a Central Estadual de Transplantes passou fazer os exames necessários para a efetivação da doação. O trabalho é feito com o auxílio de equipes do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
Delvânia morreu na tarde de sexta-feira. Ela estava internada no Hospital Geral de Palmas desde o dia 23 de março. Ela chegou a ser socorrida em Caseara, mas como seu caso era grave, precisou ser transferida para a capital.
Por causa dos procedimentos no hospital, a família ainda não informou qual a data ou local para velório e enterro.
Delvânia Campelo tinha 50 anos — Foto: Arquivo Pessoal
Investigação sobre as agressões
No dia do crime eles teriam discutido, momento em que as agressões começaram. Ela recebeu diversos golpes na cabeça. Depois Gilman fugiu da chácara e não voltou à Caseara. Familiares de Palmas teriam o abrigado após a fuga, segundo a polícia.
Na terça-feira, de 25 de março, Gilman se apresentou na delegacia de Paraíso com um advogado. Em depoimento, alegou que ela deu início às agressões com uma arma branca e que ele agiu em legítima defesa. Nesse momento ele não foi preso por não estar mais em situação de flagrante.
Entretanto, diante da gravidade dos ferimentos causados em Delvânia, a polícia o chamou para novo depoimento e a Justiça deferiu o pedido de prisão preventiva, cumprido no dia 3 de abril.
Conforme a polícia, o procedimento que até então apurava uma tentativa de feminicídio, foi convertido em feminicídio consumado.
Delvânia e Gilman namoravam desde o segundo semestre de 2024 — Foto: Reprodução/ Redes sociais
Íntegra da defesa de Gilman
A família e a defesa tecnica de gilman rodrigues da silva manifestam profundo pesar pelo falecimento da sra. Delvânia Campelo da Silva.
A defesa aguardará a conclusão das investigações policiais, onde espera que todos os fatos relacionados, inclusive de dias anteriores ao dia 22 de março e detalhadamente a sequência de eventos daquela data, sejam colacionados ao inquérito.
A defesa afirma ainda que os fatos todos serão devidamente aclarados e ainda, todos, independentemente da acusacao, tem direito de defesa e que essa garantia deve ser preservada.