“Para os sobreviventes do Holocausto e dos campos de concentração e extermínio alemães, esse resultado eleitoral é um ponto de inflexão deprimente”, disse o vice-presidente executivo Christoph Heubner.
“A Europa está perdendo e esquecendo de si mesma: em cada vez mais países, partidos nacionalistas e de extrema direita estão ganhando influência, que na verdade desprezam a ideia europeia que surgiu dos horrores da Segunda Guerra Mundial e do horror assassino dos campos”, afirmou o Comitê, em um comunicado.
O alerta do grupo se da pelo fato de que diversos movimentos populistas na UE mantém relações com herdeiros da extrema direita que, no século 20, jogou o continente a um massacre. A Alternativa para a Alemanha (AfD), por exemplo, conta com uma deputada que é neta de um dos principais ministros de Adolf Hitler.
Num apelo, Heubner insistiu que o projeto de integração da Europa é a resposta que os sobreviventes do Holocausto apostam. “É exatamente por isso que eles pedem urgentemente que os outros partidos do Parlamento Europeu protejam essa ideia europeia e se unam contra a agitação e o incitamento das forças extremistas de direita”, completou.
Extrema direita venceu na antiga Alemanha Oriental
Nesta segunda-feira, os dados detalhados da eleição ao Parlamento Europeu foram publicados e revelaram que o partido alemão de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) ficou em primeiro lugar em todos os cinco estados federais que compõem a antiga Alemanha Oriental.