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A Justiça tem um papel fundamental de interromper esse ciclo. Ainda mais porque as mensagens que ele compartilhou nas redes mostraram uma pessoa que absorveu os elementos discursivos do bolsonarismo radical e os colocavam em prática. Ao que tudo indica, buscava ser uma espécie de gatilho da mudança.
Apontou jornalistas e políticos da direita liberal como comunistas, criticava generais legalistas e sugeriu o 15 de novembro para começar uma revolução no Brasil – mesma data que foi aventada, em 2022, por golpistas para uma insurreição, segundo obtidas pela investigação da Polícia Federal.
Desde fevereiro deste ano, Bolsonaro tem pautado o tema da anistia aos “pobres coitados do 8 de janeiro”. Usando a solidariedade aos seus seguidores como justificativa, ele defende, na prática, um projeto de lei que pode beneficiá-lo. Hoje, ele é investigado por uma tentativa de golpe de Estado que teve no 8 de janeiro uma de suas peças.
Sob a justificativa de “pacificar” o país, ele tenta convencer a turma que faltou às aulas de História que o melhor é um arranjo para não puni-lo pelos crimes que cometeu. Mas a ideia só é bem aceita entre os que estão alinhado ao bolsonarismo no Congresso Nacional.
Com receio de perder votos governistas para o seu candidato à Presidência da Câmara de Deputados, o presidente Arthur Lira (PP-AL) pôs um freio no trâmite da anistia. Além do mais, poucos querem brigar com o STF no momento em que tramita uma solução para a transparência das emendas. E com a derrota de Jair no segundo turno nas capitais, por que partidos políticos vão se arriscar a defender alguém que nem consegue ser um bom cabo eleitoral?
Mas bolsonaristas mais radicais continuavam defendendo a anistia a todo o custo, contando com a perda de memória da maioria da população. Até que veio o unabomber que disputou eleição pelo PL atrapalhou os planos. Decerto não foi sua intenção, mas seu ato fez mais pelo campo democrático do que que poderia imaginar. Pois relembra à sociedade porque é necessário não deixar os golpistas de 8/1 passarem impunes à História.