Após quase uma semana de intenso diálogo, há poucos avanços sobre como mobilizar 1 trilhão de dólares para ajudar os países em desenvolvimento a reduzir sua dependência do petróleo e se adaptar aos desastres climáticos.
Mas o impasse pode ser resolvido com as conversas paralelas que ocorrem no Rio, que esta semana reúne os líderes das 20 principais economias do planeta, indicou uma fonte diplomática à AFP. Os países do G20 são responsáveis por 80% das emissões mundiais de gases poluentes.
Guterres exortou aos líderes do G20 que “deem instruções claras aos negociadores em Baku para que cheguem a um acordo absolutamente essencial sobre o novo objetivo financeiro global”.
Os países em desenvolvimento reivindicam 1,3 trilhão de dólares por ano até 2030 para combater as mudanças climáticas. As potências europeias, por sua vez, pressionam para que grandes nações emergentes, como Brasil, Índia e Turquia, também contribuam para enfrentar os problemas ambientais em países de baixa e média renda.
Mas esses países se opõem à ideia. O Brasil, por exemplo, argumenta que os países desenvolvidos são os principais responsáveis históricos pelas emissões de gases poluentes.
“O comunicado dos líderes do Rio vai marcar o tom desta segunda e crucial semana em Baku”, afirmou à AFP Oscar Soria, diretor da ONG Common Initiative, voltada para economia e políticas públicas sobre o clima. “Claramente, essa negociação precisa ser resolvida no Rio, não em Baku”, acrescentou.