“Somos conformados que a nossa vida juntos foi de união, harmonia e muito amor. Todos eram apaixonados por ele. Somos seis irmãos e temos só dois de sexo masculino. Ele [Genivaldo] não desgrudava do outro irmão. Tudo que ele fazia era junto conosco, almoços, as pescadas. Era ele que organizava e tinha prazer em compartilhar com a gente. Nós fazíamos questão de estarmos juntos, acompanhando eles dois”, disseram os irmãos.
O caso aconteceu no último final de semana e segundo a Polícia Militar, o pai teria confundido o filho com um animal silvestre durante a caça. Segundo a família, uma testemunha que estava no local viu o animal saindo correndo. “Realmente foi no animal, só que errou o tiro”.
Genivaldo estava em uma união estável e sonhava em ser pai. A mulher dele ficou grávida, mas perdeu o bebê antes do nascimento. “O filho morreu há oito meses, deixando sua esposa em estado lamentável. Os dois planejavam construir sua casinha”, contaram os familiares.
Por causa de problemas cardíacos, Genivaldo era aposentados desde a adolescência. Ele descobriu que era cardiopata aos 11 anos. Os irmãos contam que o pai o acompanhava nos hospitais durante os tratamentos.
“Ele era um irmão maravilhoso, humilde, calmo e de um coração gigante. Era nossa preocupação diária, pois era cardiopata e tínhamos uma preocupação de superproteção pelo nosso pai que passava dias com ele internado em Araguaína no hospital cuidando dele”.
Genivaldo Moraes dos Santos morreu após ser baleado pelo pai durante caça — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Genivaldo morava em Divinópolis, mas toda a família era natural de Araguacema do Tocantins. Segundo os irmãos, a morte dele tem afetado principalmente o pai.
“Muito mal. Não está sendo fácil para ele, mas toda a família está apoiando ele. Ainda não sabemos como será o futuro, imaginamos que não será fácil, mas estaremos aqui pra apoiar nosso pai e nossa mãe”.
O acidente aconteceu na noite do último sábado (18) em Divinópolis, quando Genivaldo e o pai estavam caçando em uma região de mata, próximo a uma fazenda. Conforme a Polícia Militar, o pai contou que no momento do acidente o local estava escuro e com pouca visibilidade e por isso teria confundido o filho com um animal silvestre.
De acordo com a Polícia Militar, o pai teria ficado em estado de choque e não soube informar onde deixou a arma. Após o acidente, ele se apresentou a 9ª Central de Atendimento da Polícia Civil de Paraíso, no domingo (19), onde foi autuado em flagrante pelo crime de homicídio culposo.
O caso é investigado pela 55ª Delegacia de Polícia Civil de Divinópolis.