O acidente aconteceu no dia 22 de dezembro de 2024 e dez veículos, entre carros, motos, caminhonetes e carretas desmoronaram na água junto com o vão central da estrutura. Das 18 vítimas, um homem sobreviveu, 14 pessoas morreram e três ainda estão desaparecidas.
Conforme o Ibama, as empresas responsáveis pelos produtos perigosos contrataram outras empresas especializadas em emergências químicas para a retirada do material.
Até o dia 9 de janeiro foram retiradas 29 bombonas com 20 litros de agrotóxicos, cada. Entretanto, a partir de 10 de janeiro o trabalho foi suspenso pelo aumento da vazão de água na Usina Hidrelétrica de Estreito.
Esse aumento, inclusive, levou à suspensão dos mergulhos para tentar localizar as três vítimas que estão desaparecidas. Eles são Salmon Alves Santos, de 65 anos, Felipe Giuvannuci Ribeiro, 10 anos (avô e neto), e Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos.
O Ibama afirmou que a profundidade do rio passa de 40 metros. Isso se tornou uma das dificuldades, incluindo a pouca visibilidade para a retirada de todos os recipientes.
Para conseguir retirar todo o material que está no rio, foi estimada a necessidade de 145 dias de mergulhos, segundo indicou o plano de uma das empresas especializadas contratadas para o serviço.
Para que seja possível realizar esses mergulhos de maneira segura, o rio precisa estar em uma vazão de aproximadamente 1.000 m³/s. Mas até o dia 15 de janeiro, a vazão de defluência a jusante da barragem estava em 7.532 m³/s, conforme acompanhamento da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Nesse cenário, o Ibama espera que as bombonas se desloquem da área do acidente, podendo aparecer em outros pontos do rio. O Consórcio Estreito Energia (Ceste), responsável pelo controle da Usina, foi informado dessa possibilidade, mas explicou ao Instituto que não é possível garantir janelas de mergulhos no período úmido, que se estende até final de abril. Por isso foi preciso suspender os trabalhos de retirada dos agrotóxicos.
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Relembre o colapso da ponte
Segundo o DNIT, o desabamento ocorreu porque o vão central da ponte cedeu. A causa do colapso ainda está sendo investigada, de acordo com o órgão. A Polícia Federal também abriu uma investigação para apurar a responsabilidade da queda da estrutura.
Sobre isso, o DNIT afirmou que os acessos necessários para receber as balsas ainda estão em fase final de execução e que as equipes do Departamento atuam para atender as exigências da Marinha do Brasil para poder iniciar o serviço.
Ponte que desabou entre o Tocantins e o Maranhão — Foto: Ana Paula Reihban/TV Anhanguera