Quase metade dos brasileiros (47%) acha que o presidente Lula interfere na Petrobras e isso mexe com a economia. Nesse grupo, 73% consideraram que a situação econômica piorou e 66%, que ela melhorou.
É o que mostra um recorte da pesquisa Genial/Quaest realizada entre 2 e 6 de maio sobre a popularidade de Lula e que não foi divulgada.
O Painel S.A. teve acesso ao material e, de acordo com ele, a percepção de que a ingerência de Lula na Petrobras prejudica o país é maior entre os brasileiros mais jovens (de 16 e 34 anos), mais escolarizados (pelo menos com ensino médio incompleto) e com mais renda.
Entre os que votaram em Jair Bolsonaro no segundo turno, 79% consideram ter havido ingerência de Lula na petroleira, índice que é de 24% entre os que votaram no petista.
Em sentido inverso, 59% dos que escolheram Lula para ser presidente acham que a situação na Petrobras não atrapalhou a economia. Entre os que votaram em Bolsonaro, esse percentual é de 11%.
A Petrobras foi palco de uma fritura de seu presidente Jean Paul Prates após um impasse em torno da distribuição extraordinária de dividendos.
A situação chegou à mesa do presidente Lula que, orientado pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda), passou a ter um representante da Fazenda no conselho de administração da petroleira e decidiu adiar o pagamento dos dividendos –algo que só foi liberado recentemente.
Nesse período, as ações sofreram forte queda. A Petrobras é uma empresa tão grande que, sozinha, gera receitas para o governo de quase 1% do PIB.
O levantamento da Quaest é financiado pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial.
A empresa de pesquisa e consultoria entrevistou presencialmente nesta rodada 2.045 brasileiros com 16 anos ou mais em 120 municípios da última quinta-feira (2) até segunda-feira (6). A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Com Diego Felix
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