Procuradoria da República no município de Dourados abriu uma notícia de fato, confirmou o MPF ao UOL. A denúncia, distribuída na terça-feira (21), irá apurar a suspeita de “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.
Após autuação, começa a contar o prazo de 30 dias, possível de prorrogação por até 90 dias. Neste período, o membro da procuradoria de Dourados deve colher informações preliminares para deliberar sobre a instauração de eventuais procedimentos contra os envolvidos no caso.
Procurada pelo UOL, a Paróquia informou que ela e o padre não têm nada a declarar sobre o caso e qualquer posicionamento será dado pelos “órgãos responsáveis”. A reportagem também procurou a Diocese de Naviraí, mas não teve retorno. O texto será atualizado tão logo haja manifestação.
Declarações do padre
Padre afirmou que o sofrimento “não vem de Deus” e que o sentimento é inerente à existência humana. Ele continuou declarando que a situação era muito difícil no estado e que amigos e sacerdotes perderam tudo em razão da tragédia. A transmissão ao vivo da missa com a fala começou a repercutir nas redes sociais.
Então, o religioso fez “alerta” aos fiéis. “O Rio Grande do Sul há muito tempo abraçou a bruxaria e o satanismo. Há muito tempo o meu povo tem se afastado de Deus. Deus não precisa mandar sofrimento para nossa vida porque ele não faz isso, mas nós mesmos às vezes buscamos na fragilidade humana coisas ruins para nós”, disse.