As eleições para o Parlamento Europeu, encerradas no domingo (9), mostraram o avanço da extrema direita no continente, com reflexo em países como França e Alemanha.
Há dois grupos de extrema direita no Parlamento:
- Identidade e Democracia (o principal partido é o Reagrupamento Nacional, de Marine Le Pen, da França, que tem planos para se tornar líder da França em 2027).
- Europeus Conservadores e Reformistas (o partido Irmãos da Itália, de Giorgia Meloni, pertence a essa frente).
Juntos, eles tinham 118 das 705 cadeiras no Parlamento Europeu (16,7%). Agora, passaram para 131 das 720 cadeiras (18,1%).
“O centro está se segurando. Mas o mundo ao nosso redor está em crise. Forças externas e internas tentam desestabilizar as nossas sociedades e enfraquecem a Europa. Nunca deixaremos isso acontecer”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que aspira um novo mandato como chefe do Executivo do bloco.
Os partidos de extrema direita têm divergências importantes entre eles. Por exemplo, quando o tema é guerra da Rússia contra a Ucrânia, Georgia Meloni está alinhada com países como Alemanha e França, mas Viktor Orbán, da Hungria, não.
O Parlamento Europeu é o órgão que aprova ou rejeita a legislação da União Europeia e toma decisões sobre o orçamento do bloco. Também supervisiona a Comissão Europeia, o órgão executivo —a quem cabe formular as leis.
As votações ocorrem em cada um dos 27 países do bloco; cada nação elege os respectivos eurodeputados: a Alemanha é quem tem mais cadeiras, 96; Malta e Luxemburgo são os menores, com seis. Serão 720 eurodeputados no Parlamento.