Em abril de 2022, João Doria renunciou ao governo paulista, com vistas de se candidatar a presidente. Àquela altura, porém, já enfrentava a resistência do próprio partido em lançá-lo como candidato. No mês seguinte, Rodrigo Garcia deixou o DEM e migrou para o PSDB, habilitando-se para disputar a eleição a governador pela nova sigla.
No entanto, em seguida, João Doria anunciou que desistia de concorrer à Presidência. Nas eleições de 2022, o MDB, de fato, esteve em coligação com o PSDB tanto na disputa ao Bandeirantes quanto ao Planalto, mas com um arranjo diferente do calculado por Doria. Na campanha a governador, o MDB constou na coligação de Rodrigo Garcia, que acabou ficando em terceiro lugar. Para a Presidência, os emedebistas lançaram o nome da senadora Simone Tebet, que concorreu com a senadora Mara Gabrilli, então no PSDB, como vice na chapa.
Ao Estadão, Ricardo Nunes atribui a indicação como vice na chapa de Covas ao próprio ex-prefeito. “Quando ele me falou, eu chorei. Sempre tive muita admiração por ele, tinha ele como um ídolo”, disse Nunes.
Marçal repete crítica a aliança entre Bolsonaro e Nunes
Não é a primeira vez que Marçal critica a aliança entre Jair Bolsonaro e Ricardo Nunes. “Não tem chance de Bolsonaro apoiar Nunes”, disse o empresário em 4 de junho. “Bolsonaro é um cara que tem o princípio declarado, conservador, Nunes não tem nada parecido com isso”.
O ex-presidente e o prefeito paulistano se aproximaram, mas ainda não houve indicação do vice na chapa. O favorito é o coronel Ricardo Mello de Araújo, ex-comandante da Rota e ex-diretor do Ceagesp durante a gestão de Jair Bolsonaro. Nesta segunda-feira, os três se encontraram, junto com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Na saída, Nunes afirmou que o nome do vice deve sair na semana que vem.