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O menino havia dado entrada no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, na sexta-feira, após sofrer uma queda na Curva do Pinheirinho, em Interlagos.
O acidente ocorreu durante os primeiros treinos livres da quarta rodada da Honda Júnior Cup de SuperBike Brasil.
A organização explicou que, após a queda, Somaschini foi atendido “rapidamente” no local por uma equipe médica e uma ambulância da UTI e depois levado ao pronto-socorro do estabelecimento, onde seu quadro clínico “se estabilizou”.
Posteriormente, ele foi transferido duas vezes, a última para o Albert Einstein, onde estava em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde sábado.
“Todos da equipe do SuperBike Brasil estão consternados com o acontecimento e manifestam sinceros sentimentos a todos familiares e amigos de Lorenzo”, disse a organização.
Seu treinador, o ex-piloto Diego Pierluigi, se despediu com uma postagem nas redes sociais: “Com meu coração partido e minha alma despedaçada, tenho que me despedir de você. Vou sentir muito a sua falta, Lolito”.
Pierluigi declarou à imprensa argentina que o acidente foi uma “infelicidade em que os fatores se alinharam para que acontecesse”, já que Lorenzo “teve uma queda em baixa velocidade na curva mais lenta do circuito e bateu com a parte mais baixa do capacete no chão, com todas as medidas de segurança em perfeito estado”.
– “Dois pesos e duas medidas” –
Sobre os questionamentos que surgiram nas redes sociais por expor a criança a um esporte de alto risco, Pierluigi considerou que “as pessoas têm dois pesos e duas medidas. Veem Marc Márquez [motociclista espanhol], que foi campeão mundial oito vezes, mas ele começou a correr de moto aos cinco anos”.
“Se olharmos o número de corridas e provas de moto que existem e as vítimas fatais, a porcentagem é mínima, mas hoje é uma criança, então isso causa mais dor”, argumentou o treinador, que ressaltou que os pais do menino “não estão em condições devido à dor que estão sentindo”.
A Honda Junior Cup, uma das mais reconhecidas competições juvenis regionais, reúne pilotos entre 8 e 16 anos em motos 160 cc adaptadas, com pedais e guidões modificados de acordo com o tamanho de cada criança.
As motocicletas podem atingir a velocidade de 100 quilômetros por hora.
Segundo a mídia argentina, foi a primeira experiência no exterior do jovem piloto nascido na cidade de Rosário.
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© Agence France-Presse