“Embora o Irã considere como guerra psicológica a propaganda do regime sionista [Israel] sobre a intenção de atacar o Líbano, caso embarque em uma agressão militar em grande escala, uma guerra devastadora ocorrerá. Todas as opções, incluindo a total participação de todas as Frentes de Resistência, estão na mesa”, disse a missão iraniana.
Nenhum representante de Israel se manifestou sobre as declarações iranianas até a última atualização desta reportagem.
Hezbollah e Israel trocam agressões quase diárias desde o início da guerra entre israelenses e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023. Em solidariedade com os terroristas do Hamas, o grupo ataca quase diariamente alvos no norte de Israel a partir do sul do Líbano. Em contrapartida, Israel realiza ataques em território libanês e já eliminou alguns comandantes do Hezbollah.
Nas últimas semanas, os bombardeios entre as partes começaram a vir acompanhados de ameaças de guerra total, o que preocupa autoridades de todo o mundo. As tensões no Oriente Médio estão aumentando ainda mais desde que Israel decidiu invadir Rafah, no sul de Gaza, em maio, para eliminar o Hamas.
Os Estados Unidos, maiores aliados de Israel, tentam colocar panos quentes na situação e incentivar a via diplomática para resolver a desavença. Hezbollah diz que o grupo pararia de bombardear Israel caso a guerra na Faixa de Gaza terminasse.
No último dia 19, o chefe do Hezbollah disse que “nenhum lugar” de Israel estaria a salvo em caso de guerra e ameaçou o Chipre por permitir que Israel use aeroportos e bases no país como apoio para ataques ao grupo no Líbano. Israel respondeu dizendo que o Hezbollah subestima da capacidade militar israelense.
Diante da iminência do conflito, os Estados Unidos começaram nesta semana a se preparar para evacuar americanos que estão no Líbano, segundo a mídia americana.
Mísseis lançados do Líbano em direção a Israel são interceptados por defesa aérea israelense em 27 de junho de 2024. — Foto: REUTERS/Ayal Margolin