Em 10 de junho deste ano, o Brasil informou ter solicitado ajuda à Argentina para localizar em seu território a possível presença de mais de 140 fugitivos envolvidos nos atos golpistas.
“Já há duas pessoas detidas”, afirmou a fonte nesta sexta-feira. “Em qualquer lugar da Argentina onde forem identificados ou localizados, serão presos e colocados à disposição do tribunal para iniciar o processo de extradição.”
A sentença de extradição é apelável perante a Suprema Corte e, uma vez finalizado o processo judicial, “o procedimento passa para as mãos do Poder Executivo, que tem uma instância puramente política para aceitar a extradição ou conceder o status de refugiado ou algum outro recurso, assim podendo eludir a extradição”, acrescentou.
O presidente argentino, Javier Milei, se distanciou de Lula em favor de Bolsonaro.
Em julho, Milei ignorou a cúpula do Mercosul em Assunção, o que foi muito criticado pelos seus pares do Paraguai, Uruguai e Brasil, principal parceiro comercial da Argentina na região. Paralelamente ao encontro de presidentes, Milei havia viajado ao Brasil para participar de um fórum conservador com Bolsonaro.
O governo argentino modificou em outubro a lei sobre o status de refugiado, para deixar de conceder esse benefício a estrangeiros que tenham sido acusados ou condenados em seus países de origem.