O processo diz que houve uma relação “corrupta, ilegal e inconstitucional” entre as autoridades policiais. As filhas afirmam que esse suposto conluio “foi ativamente ocultado, tolerado, protegido e facilitado por agentes do governo”.
A polícia de Nova York, alinhada com agências federais, teria prendido a equipe de segurança de Malcolm dias antes da morte. Segundo o processo, os funcionários foram removidos do local onde o ativista estava para que o assassinato fosse cometido.
O advogado Ben Crump, que representa as filhas, falou em covardia. “[Que as autoridades] aprendam sobre todos os atos covardes que foram cometidos por seus antecessores e tentem corrigir esses erros históricos”, disse a jornalistas, segundo a Associated Press.
Quem foi Malcolm X
O ativista nasceu em 19 de maio de 1925, em Omaha, no estado do Nebraska, Estados Unidos. Considerado uma das personalidades de maior influência para o movimento Black Power, ele lutou por direitos civis da população negra defendendo o nacionalismo negro e ideias que, décadas depois, ainda contribuem para a luta antirracista.
Malcolm X tinha um projeto mais radical do que o proposto por outro famoso líder negro, o pastor Martin Luther King. Enquanto Luther King acreditava que os negros deveriam buscar a integração à sociedade estadunidense, Malcolm era a favor do desenvolvimento da própria comunidade negra em diferentes aspectos, como na economia e religião, com negros trabalhando com e para os negros.