
Mulher foi presa após patroa perceber a fraude envolvendo boletos. Segundo a Polícia Civil, suspeita teria cometido ação semelhante no emprego anterior onde o prejuízo foi de R$ 400 mil.
Viaturas da Polícia Civil do Tocantins — Foto: Reprodução/SSP-TO
Uma mulher de 25 anos foi presa em flagrante por suspeita de furtar a empresa em que trabalhava, em Palmas. Segundo a Polícia Civil, a assistente financeira pode ter desviado mais de R$ 530 mil através de pagamentos de boletos para uma empresa criada por ela mesma.
A prisão aconteceu nesta quinta-feira (20) após a patroa dela descobrir o esquema e a denunciar para a polícia. O nome da suspeita não foi divulgado e o g1 não teve acesso à defesa da investigada.
Segundo a polícia, a suspeita trabalhava na atual empresa desde julho de 2024 como assistente financeira e tinha a função de realizar o pagamento dos fornecedores. O tipo de estabelecimento também não foi informado pela polícia.
A descoberta das fraudes aconteceu quando a mulher faltou ao trabalho e a empresária vítima do furto precisou desempenhar a função da suspeita, se deparando com um “sistema muito bagunçado”.
A empresária encontrou diversos boletos com pagamentos adiantados e, ao verificar o sistema, percebeu que os boletos estavam sendo pagos para uma empresa criada pela funcionária em seu próprio nome.
Depois, na data de vencimento dos boletos, os valores eram pagos novamente, mas dessa vez para os verdadeiros credores.
“Por exemplo, se a empresa vítima estava devendo o boleto X com data de vencimento para dia 20/02/2025, a autora adiantava para o dia 05/02/2025 no sistema da empresa e emitia um boleto no nome da empresa que ela criou. Na data de vencimento do boleto no dia 20/02/2025, a autora realizava novo pagamento, desta vez para a empresa credora”, relatou a vítima à polícia.
Após a denúncia, a polícia requisitou a quebra de sigilo bancário da autora, bloqueio de bens e relatórios de todas as transações financeiras realizadas em bancos nos quais a suspeita possui conta.
Conforme o delegado Evaldo Gomes, a investigada tinha praticado ato semelhante em outro local de trabalho. Além disso, o prejuízo da empresa pode ser maior que os R$ 530 mil encontrados no levantamento preliminar.
“Chama a atenção que essa mulher já havia se envolvido em situação semelhante no emprego anterior, dando um prejuízo de cerca de R$ 400 mil para o posto de combustível que trabalhava”, informou o delegado.
Após a prisão, a assistente financeira foi levada para a Unidade Penal Feminina de Palmas, onde permanecerá à disposição da Justiça. O caso será remetido para a 3ª Delegacia de Polícia de Palmas que dará continuidade às investigações.