
O advogado de defesa de Gilman informou que vai se manifestar no processo.
De acordo com o delegado José Lucas Melo, no momento da prisão ele se manteve em silêncio. Posteriormente foi levado para a Unidade Penal de Paraíso do Tocantins e está à disposição do Poder Judiciário.
Durante a investigação do caso, a polícia ouviu pessoas que eram ligadas ao casal e descobriu que o namoro começou no segundo semestre de 2024. Foi relatado que eles tinham muitos conflitos causados por ciúmes e que a violência era recorrente. Inclusive, recentemente, houve um episódio de violência durante uma viagem de Gilman e Delvânia ao Maranhão, segundo a polícia.
No sábado em que aconteceu o crime eles teriam discutido, momento em que as agressões começaram. Ela recebeu diversos golpes na cabeça. Depois ele fugiu da chácara e não voltou à Caseara. Familiares de Palmas teriam o abrigado após a fuga, segundo a polícia.
Na terça-feira, de 25 de março, Gilman se apresentou na delegacia de Paraíso com um advogado. Em depoimento, alegou que ela deu início às agressões com uma arma branca e que ele agiu em legítima defesa, inclusive mostrou ao delegado pequenos ferimentos nos braços e nas mãos. Nesse momento ele não foi preso por não estar mais em situação de flagrante.
Entretanto, diante da gravidade dos ferimentos causados em Delvânia, houve divergência no relato dele. “O perigo que ele alegava sentir nesse momento cessou-se. O que ele faz daqui para frente já pode ser considerado excesso”, informou o delegado.
A polícia também considerou a quantidade de golpes recebidos pela vítima e a fuga do suspeito após o espancamento, situações que levaram ao pedido de prisão cumprido nesta quinta-feira (3).
Outro ponto considerado pela investigação foi sobre um registro de ocorrência por violência doméstica contra a ex-mulher do suspeito, o que significa que ele é reincidente na prática e reforçou a necessidade do pedido de prisão.
Por causa das inconsistências em seu depoimento, ele foi intimado a prestar novo depoimento na delegacia de Paraíso. Como o mandado de prisão preventiva foi deferido pela Justiça, a ordem foi cumprida nesta quinta-feira.
“Nos próximos dias o inquérito será concluído e encaminhado ao Ministério Público para a adoção das medidas legais cabíveis”, afirmou o delegado.
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