“Fiquei muito tenso, porque voltou aquela imagem que eu tinha visto lá no momento que eu estava gravando, no dia 22 de dezembro de 2024. Então, para mim, foi assim um pouco revivendo aquele momento muito trágico que a gente vivenciou lá atrás. Voltou a lembrança do que a gente viveu lá naquele momento”, explicou o vereador.
A ponte desabou no dia 22 de dezembro de 2024. O acidente deixou 18 vítimas que estavam em dez veículos entre carros, motos, caminhonetes e carretas. Os corpos de 14 pessoas foram retirados do Rio Tocantins, um homem foi resgatado com vida e três vítimas ainda estão desaparecidas.
O vereador passou mês de janeiro acompanhando as ações tomadas pelo órgãos responsáveis pela estrutura para o resgate das vítimas e atendimento da população com relação à necessidade de travessia no rio. Por isso esse primeiro passo para a construção da nova ponte é importante para a comunidade, segundo ele.
“É muito difícil ver a dor das famílias que perderam seus entes queridos. Então, assim, não é fácil para cada um de nós. Temos que caminhar agora para frente e que essa ponte seja erguida o mais rápido possível para que nós possamos voltar à normalidade aqui da nossa cidade e da nossa região”, pontuou.
Imagens de drone mostram implosão de ponte entre TO e o MA
A implosão aconteceu às 14h, após a evacuação da população que mora ao redor da ponte uma hora antes, nas margens tocantinense e maranhense. O vereador chegou a fazer vídeos em suas redes sociais mostrando a preparação e o momento das explosões. Muitas pessoas estavam a uma distância de 400 metros da ponte para acompanhar. Mais de 200 kg de explosivos foram utilizados na estrutura.
“Inclusive a equipe da implosão estava bem próximo, onde eles puxaram um fio e nós ficamos ali no posto fiscal, mais ou menos. Ali naquele local tinha muita gente da cidade, muitas pessoas mesmo. Muita gente tanto do lado do Tocantins, como também do lado do Maranhão, para ver a olho nu a implosão da ponte JK”, comentou.
Quando viu a fumaça produzida, o vereador não deixou de lembrar do dia em que o vão central cedeu e levou ao rio dez veículos e seus ocupantes.
“Fiquei trêmulo, com a mesma sensação de choque, porque para mim mesmo, como eu falei, vivi aqueles momentos lá no dia 22 de dezembro de 2024, vendo aquela fumaça subir. Revivendo as imagens do dia da queda da ponte”, completou.
Implosão derruba o que sobrou de ponte — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Pouco antes das 15h do dia 22 de dezembro a ponte JK cedeu. As condições da estrutura já era motivo de reclamação de autoridades e moradores tanto de Aguiarnópolis como de Estreito.
Carros e caminhões acabaram ficando presos na estrutura. Quando o acidente completou um mês, em 22 de janeiro deste ano, os veículos começaram a ser retirados. Um dos proprietários chegou a conseguir uma liminar na Justiça Federal para conseguir reaver o carro que ficou atravessado em um dos buracos da ponte.
Das 18 vítimas do desabamento, o único sobrevivente foi Jairo Silva Rodrigues. Ele foi encontrado ferido no rio logo após o colapso da estrutura. Além dele, os corpos de outras 14 pessoas foram localizados. Três pessoas estão desaparecidas.
Nos primeiros dias, as buscas às vítimas chegaram as ser suspensas pelo risco que as cargas poderiam causar aos mergulhadores. Após avaliação da situação no fundo do rio com equipamentos da Marinha do Brasil, os mergulhos foram liberados e os corpos começaram a ser resgatados.
Sobre a retirada dos materiais agrotóxicos e ácido sulfúrico que ainda estão no fundo do rio, a empresa que é responsável pelos produtos contrataram outras empresas especializadas nessa área para coordenar as ações de retirada.